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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Morer de Amor é um Paradoxo

Gostaria de fazer duas afirmações nas quais acredito:
1. Ninguem morre de insonia;
2. Ninguem morre de Amor.
A primeira ouvi em um filme e foi citada somente por que escrevo isto num momento em que ela está aqui ao meu lado. Me vigiando. A segunda, foi uma conclusão minha. Das minhas conhecidas interrogações sobre coisas sem sentido. E, sim, é bastante questionável.
"Ei, e a historia de Romeu e Julieta e todas as historias de amor que acabam em morte, sejam nos livros ou nos filmes?".
Pois defenderei minha afirmativa da seguinte maneira: baseada na ideia que amor é um sentimento puro e traz coisas boas como alegria, sorrisos e união (e blábláblá), fora isso, já que falei da famosa história, volto a ela pra me justificar. Romeu e Julieta se matam por estarem inebriados de paixão, até por certo egoismo... Um não queria viver sem o outro. Desistiram de viver por que o que queriam não podia ser realizado!
As pessoas escolhem morrer ou matar por ciumes, vingança, orgulho. Epa! Cadê o tal do amor nessa história? Poço adoecer por perder quem amo, mas isso seria morrer de tristeza ou solidão. Não pelo amor. Temos problemas em esquecer as partes boas de forma a culpá-las pela parte ruim.
Temos idéia de querer o "pra sempre", e deixamos que os instantes perfeitos e curtos passem sem fazerem barulho suficiente pra acordar seu senso de percepção. O que é perfeito é potencialmente raro. E será pra sempre se você buscar na memória. Jamais esquecemos o dia que o amor nos sorri pela primeira vez, mas a gente gosta mesmo do martírio de lembrar o dia que ele sai pela porta e diz "até." e o coitado leva a culpa pela dor. Não dá pra crer na mentira do "morrer de amor". Amar é sinônimo de vida. Amar é sentir-se livre. Quem cria os problemas sou eu (e vista a carapuça tambem), nesta sempre vã tentativa de colocar o mundo para girar em torno de nós mesmos.
Ora, vamos! Aceite que minha justificativa tem seu lado sensato. Aceite que morrer de amor é um paradoxo. Tem que ser. Posso te dizer (e você pode acreditar que escrevi tudo isso por esse motivo! tanto faz...) que eu nunca cheguei a amar meu Romeu desconhecido. Mas recebo um amor incondicional, que não impõe rédeas e me deixa correr por ai. E é perfeito porque não é apaixonado. O amor de uma mãe é aquele amor que não mata nem morre egoista, como as outras formas de amor.
É amor por que viver!
Hoje em dia eu digo, repito e afirmo .. morrer de amor ? não jamais , eu VIVO de amor e por ele eu não seria capaz de morrer só mante-lo sempre vivo junto a mim =)

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